O novo controle do Revolution

É um assunto antigo, ao menos em termos de internet, mas o novo console da Nintendo, o Revolution, virá com um novo controle.

Antes que alguém reclame dele: Não se esqueça que foi a Nintendo quem inventou o controle que você usa hoje em dia no seu PS2 ou XBox. No começo dos anos 80, tudo que tínhamos era o joystick e nós éramos felizes. A Nintendo trouxe o D-Pad, a vibração, o wireless, os botões no ombro do controle, o pino análogo… se tem alguma coisa que a Nintendo fez de bom, foi descobrir as melhores maneiras de uma pessoa interagir com um jogo.

O controle

Nas palavras de Jim Merrick, chefe de marketing da Nintendo Eurepéia, isso pode ser muito bem visto. Dizem a ele: “Vocês não tem botões suficientes para controlar os jogos!”, mas na verdade, temos mais maneiras de entrada de dados do que você tem em um controle normal e nenhum botão foi apertado ainda.

Tenho que amar uma empresa que pensa dessa maneira. Por problemas de tempo, eu não tenho um console já faz alguns anos, sendo o último um Playstation comprado de um amigo do meu irmão, e uns 4 ou 5 anos depois do lançamento. PS2, XBox, Gamecube, eu mal vi a cara deles. Não quero falar com autoridade sobre o futuro dos consoles, mas também, quem vai me impedir? 🙂 Além do mais, jogo por jogo eu experimento um novo no PC a cada uma ou duas semanas, geralmente, então pelo menos de alguma parte eu quero falar 🙂

O mercado

Acho que a maioria das pessoas vão adquirir um PS3 ou um XBox 360, e quando procurarem um segundo console, a melhor opção vai ser o Revolution. Ponto a mais para a Nintendo: Normalmente ela já se distancia dos concorrentes com os títulos (a Sega também tentou isso, mas falhou com o Dreamcast), e ainda contando com o DS, ela vai se firmar como “diferente” ainda mais.

E porquê ser diferente? Aí é que está a visão viciada do jogador, também viciado: A Nintendo não quer ser diferente da Microsoft ou da Sony, eu não acho que é uma estratégia manter distância dessas duas empresas. Quero dizer, a Nintendo poderia muito bem fazer uma plataforma aonde fosse fácil rodar os jogos de algum desses dois consoles. Certamente deixaria muito feliz os estúdios de desenvolvimento.

Então qual é o motivo? Apenas entretenimento, baby. Pegue o controle remoto da sua TV e comece a girá-lo pelo ar. Pra qualquer lado, pra cima e pra baixo, pra frente e pra trás, o controle do Revolution vai ser capaz de perceber todos esses movimentos e traduzí-los na tela. Eu queria muito ouvir uma conversa dos executivos da Sony ou da Microsoft (com exceção do Balmer e suas cadeiras-ninjas) agora… Eles devem estar amaldiçoando a tudo e a todos.

Porquê o controle novo não é apenas diferente, ele abre outras possibilidades de diversão. Você gira ele ou anexa um acessório e pode ter acesso às maneiras atuais de controle, mas são as novas formas de controle que deixarão todos, velhos ou novos nos jogos, felizes. Como jogador, eu sei que ficar girando pela sala segurando (com apenas uma mão!) o controle vai ser muito divertido. Na verdade o exercício já vai começar antes de ligar o Revolution porque vou ter de mover os sofás longe de mim 🙂

Aplicações

Como mostrado no vídeo, dá pra mexer em um monte de estilo de jogo atual e outros diferentes. De FPS à pesca, esses são básicos. Agora imagine o Harry Potter no Revolution… você mexe no controle e ele mexe na varinha de condão na tela!

Imagine amarrar o controle no seu pé e jogar futebol? Você e sua mulher amarrem no pé e dançarem? Imagine quatro controles amarrados nos pés e na mãos e você lutar karate? Ou Street Fighter? Ok, amarrar o controle no pé pode ser um exagero. Mas não daria?

E que tal um multiplayer pela internet aonde o desafio é desenhar o mais rápido possível um quadro famoso?

Jogadores viciados

Algumas milhões de pessoas tem e jogam algum tipo de console. Principalmente porque a geração arcade/vídeo-game chegou aos 30 anos e pode comprar esse tipo de entretenimento.

Mas existem outras bilhões de pessoas que não jogam nada. Não é apenas minha mãe, exemplo usual de um segmento de mercado ainda não tocado pelos jogos. Será que eles vão querer usar o Revolution? Sinceramente, eu não vejo o controle abrindo tantas novas frentes como estão falando por aí. Afinal, o meio de interação pode ser diferente, mas o meio ainda é o mesmo: jogos.

Certamente minha mãe se sentiria menos intimidada com o controle do Revolution. Mas apenas isso bastaria para fazê-la sentar horas a frente da televisão? Eu acho que não, e muitas mães por aí são assim também. É o próprio propósito de jogar que elas não tem. Não consideram esse tipo de passatempo como favorito.

Dito isso, talvez… talvez exista algum tipo de software ou algum aplicativo que a Nintendo possa lançar que a faria mudar de idéia, mas não sei. Vou esperar três meses depois do lançamento do console, dar uma olhada nos títulos, pra ver se realmente o controle coloca o ambiente de forma mais acessível, ou melhor, cria vontade de jogar, para os outros não-milhões de jogadores.

Deixo o artigo de hoje na esperança de poder comprar um Revolution assim que sair. Ele tá prometido pra meados de 2006… eu já estou economizando 🙂


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